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Quem é o Mestre? – Usando combate dentro da narrativa

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RPG normalmente foca-se em três pilares: exploração, interpretação e combate. Na minha opinião o jogo torna-se mais interessante e imersivo quando as bordas entre esses pilares não são tão rígidas, o que faz com que seu jogador se sinta mais a vontade para criar e agir de forma diferente do esperado para uma determinada situação. Além, claro de ser necessário você encontrar o equilíbrio entre os três que sua mesa precisa e as mecânicas e dinâmicas específicas que divertem seus jogadores. O Quem é o Mestre não foi criado para dizer “o que você tem que fazer” ou “dizer que isso funciona, com certeza”, mas sim para dar dicas e falar sobre coisas que uso e usei nas minhas mesas ao delongo dos anos, e talvez (tomara) que esses exemplos possam te ajudar, tanto usando-os como descrevo aqui, ou mesmo criando as suas dinâmicas e ferramentas para obter resultados diferentes dos meus. Nesses próximos textos eu quero me ater a encontros e como eu os utilizo dentro da narrativa, e para ambienta

O caso Togashi: Uma tentativa de diálogo sincero

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Este não é o texto que eu gostaria de escrever sobre Hunter X Hunter. Eu gostaria de falar da volta da história, tratar das variedades de nen, mostrar a minha interpretação de diversos arcos diferentes, teorizar sobre o Continente Negro (arco atual), ou fazer um texto parecido com o meu último, que, diga-se de passagem, me divertiu bastante, mas é infelizmente é este texto que precisa ser escrito... Para quem não sabe o que está acontecendo Yoshihiro Togashi, autor de Hunter x Hunter, Yu Yu Hakusho, Level E entre outros mangas, veio a público recentemente dizer como estava o seu estado de saúde. Nas palavras do próprio artista: “A alegria de poder sentar no vaso ou numa cadeira. O interessante sobre o corpo é que ele não faz coco quando estamos acamados.”; “Preso na cama, Rastejar de quatro, encontrar ajuda, lutar para se levantar e ir para o hospital.”; “A pior parte da dor nas costas é que só depois de melhorar um pouco é que você pode ir ao hospital.”; “Quando a sua dor é dez na es

Paralelos: A influência de Hunter x Hunter em Naruto e Tower of God

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Essa é a primeira vez no blog que vamos analisar mais de uma obra ao mesmo tempo, e a primeira que vamos falar de um animê que ainda não teve nenhuma temporada concluída: Tower of God (ToG). Também é a primeira vez no blog que vamos falar do meu mangá favorito, Hunter x Hunter (HxH). A minha intenção neste texto é mostrar como Naruto e ToG são diretamente influenciadas pela grande obra de Yoshihiro Togashi e manifestar a minha opinião sobre essa influência, além de querer debater originalidade em arte. Enfim, espero que gostem. Antes de entrar no texto propriamente dito, gostaria de fazer algumas ressalvas. Primeiramente eu não li a Wecon de ToG. Para quem não conhece, essa história é originalmente é um mangá digital coreano, que ainda está em publicação. Sei que os seus fãs têm diversas reclamações da adaptação para animê, que de fato tem uma direção bem ruim. Não acredito que este fato prejudique o eixo central da minha crítica, mas por questões de honestidade intelectual, pref

Quem é o mestre? – Narração e Imersão

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Se há uma força principal no RPG, na minha opinião, é a capacidade de imersão que ele tem, e você, como mestre, narrador, tem como uma de suas funções promover essa imersão [Como diria o Choque de Cultura, sou obrigado a concordar com o palestrinha.] . Lembre-se, o trabalho do mestre, além de mediar e criar desafios, é entreter a todos na mesa, e para mim, se o jogador está imerso na história, imerso no momento, se ele se investe no jogo, ele vai se sentir entretido. Como disse no texto anterior, você é o limite entre a realidade e a fantasia. Eu costumo resolver esse problema tentando me imaginar naquele local, extrapolar e pensar o que eu estaria sentindo, tato, paladar, olfato, audição, o que cada sentido estaria captando? O que tem nesse ambiente que chama a atenção? Ler é uma boa ajuda, obviamente, seu vocabulário melhora, você vê como outras pessoas descrevem coisas e locais [A não ser que o mestre resolva descrever as coisas da mesma maneira que o Tolkien, aí a sessão não vai

Os contos ganham vida: The Witcher a série da Netflix

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A história do bruxo Geralt de Rívia aparece originalmente em forma de contos, escritos pelo polonês Andrzej Sapkowski [A equipe Rogério Isso nunca vai tentar pronuncia este nome em público] {mas eu acho que se lê “Andrei”} , ganhando posteriormente um romance do mesmo autor, um filme e uma série poloneses {que são toscamente maravilhosos, sem falar do musical, mas esse eu ainda não vi} , três jogos [só joguei o último e que jogaço] e agora a série da Netflix, que será o foco deste texto. Fiquem tranquilos, este é um artigo sem spoilers {sério, você tem que aprender a escrever “spoilers”... eu começo a achar que você faz de sacanagem para eu corrigir toda vez} . Para quem nunca ouviu falar desta história, Geralt é um bruxo profissional que vive caçando monstros em troca de recompensas. Mas como nem tudo na vida é tão simples, e o nosso herói {?} acaba por se envolver até o pescoço com uma complicada guerra que envolve os Reinos do Norte e o Império de Nilfgaard, isso enquanto vive

Os Anões de Formëna - Mitologia e Cultura

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Por Grimgorl Haraz, professora e historiadora do Rol de Erudição de Omurad e membro honorário da Universidade de Burckhardt “CAS TUIGEN DRIN A TAK TUIGEN DRIN” (Para entender alguém, basta entender do que ele é feito), é um ditado comum na sociedade anã. Com esse pensamentos decidi criar esse documento para mostrar do que somos feitos, do que nossa sociedade é feita, com o intuito de estreitar as relações que temos criado com governos humanos e, principalmente, com a Universidade de Burckhardt, que fora extremamente generosa ao me conceder o título de membro honorário e me dar acesso a sua magnífica coleção de saberes. O principal a se notar nas relações dentro da sociedade anã é o quão profundo as origens mitológicas de nossa espécie estão enraizadas em nossa sociedade: “No início era A Rocha. Com o tempo ela se desgastou, e então surgiu a terra. Da terra surgiu a areia e da areia, a água. E assim foi por muito tempo. Das rochas mais antigas e sábias, surgiram os primeiros